
Entre as
milhares de pessoas que passaram pela Assembleia Legislativa havia
desde figuras importantes, como empresários e políticos, a anônimos que
talvez nunca tenham conversado com ele, mas foram de alguma forma
assistidas por meio dos empregos gerados pelo Grupo Recol.
Foi
sob aplausos emocionantes que o corpo de Roberto Moura saiu do hall da
Assembleia Legistiva com destino ao caminhão do Corpo de Bombeiros. A
bandeira do Acre no caixão simbolizava o amor deste filho de Tarauacá
pela terra onde decidiu investir, manter residência e criar seus filhos.
No caminhão dos Bombeiros estava o primogênito
Marcelo Moura, que fez questão de estar ao lado do pai em todos os
momentos. Com o semblante da dor, mas estampando no rosto o orgulho pelo
pai (orgulho este responsável por lhe assegurar a força para suportar o
momento) empreendedor que lhe ensinou os valores do trabalho e da
honra, Marcelo percorreu os 20 quilômetros até o cemitério Morada da Paz
ao Sol.
O caminho escolhido até o local do
sepultamento foi estratégico: a Via Chico Mendes. É ali, ao longo da
mais importante rua do Segundo Distrito, que Roberto Moura construiu
suas empresas. Na principal delas, a Recol Distribuidora, um grupo de
funcionários deu as mãos numa corrente, dando o último adeus ao chefe.
Era
ali naquele local onde Roberto Moura chegava cedo todos os dias para o
ofício e ia embora tarde. Ao longo da Via Chico Mendes os curiosos
observavam o cortejo. Na frente das empresas os funcionários se reuniram
para ver Moura passar ali pela última vez, num caminho que já tinha sua
marca, mas pouco conhecido de muitos.
Pela Via
Verde o cortejo seguiu sem muitos problemas chegando às 17h no Morada da
Paz. No local uma grande quantidade de amigos e parentes o esperava. A
missa foi celebrada pelo padre e amigo de infância Leôncio Asfury –sendo
Moura o responsável por lhe ensinar o Latim no catecismo.
O
homem inquieto, criativo, visionário e trabalhador era deitado para seu
descanso em paz no Morada da Paz. Depois de 60 anos de uma vida agitada
e focada no trabalho –muitas das vezes abrindo mão da diversão –
Roberto Moura ia para seu merecido repouso na terra que mais amava, o
Acre.
Mas esta era a certeza de que seu legado
não acabava ali. Uma ampla geração Moura foi deixada aqui para dar
continuidade aos seus sonhos, para a construção de um Estado melhor.
Roberto Moura tem seu lugar garantido na galeria dos grandes acreanos,
sendo sempre evocado como exemplo do homem determinado a tornar os seus
sonhos mais simples em realidade.s informações são do site Agazeta.net, por Fábio Pontes. Tweetar
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