
Os professores citam a leitura e a prática
da escrita como fundamentais. O estudante deve ler jornais e revistas
para se atualizar sobre os temas que mobilizam a atenção da sociedade e,
assim, ter base para desenvolver bons argumentos na redação. A leitura é
também um meio para adquirir vocabulário e evitar a repetição de
palavras ao longo do texto.
“É fundamental que os alunos façam um levantamento dos assuntos importantes que estiveram presentes
nos jornais ao longo do ano para que possam ter uma consciência crítica
sobre os assuntos que foram abordados”, explica a professora de redação
do curso preparatório do Sistema Elite de Ensino, do Rio de Janeiro,
Rita Bezerra.
Ler textos com a
mesma estrutura do exigido no Enem - que é o argumentativo-dissertativo
- para se familiarizar com a estrutura é outra dica.
“Essa tipologia pressupõe que o aluno estabeleça uma tese e dois ou
três argumentos que fundamentem essa tese”, explica Rita Bezerra.
Nessa
reta final, com pouco mais de um mês para as provas, é bom intensificar
os treinos. Fazer uma média de três redações por semana seria o ideal
na avaliação da professora de redação do Curso Progressão Autêntico, do
Rio de Janeiro, Talita Aguiar. O interessante, segundo ela, é escolher
temas que estiveram em evidência no noticiário ao longo do ano. Fazer as
redações anteriores do Enem também é um bom método de treino apontado
pelos professores.
O professor de redação do
pré-vestibular Alub, em Brasília, Marcelo Freire, chama a atenção dos
estudantes para que revisem o noticiário anterior a julho já que a prova
do Enem é elaborada com meses de antecedência. “Eles precisam revisar
as atualidades de alguns meses atrás. Isso gera uma confusão nos
candidatos que pensam que o que está saindo agora no jornal cai na
prova”, explicou.
A redação do Enem é aplicada
no mesmo dia em que as provas de linguagens, códigos e matemática, que
somam 90 questões. O candidato tem cinco horas e meia para fazer toda a
prova. A recomendação é que se gaste, em média, uma hora com a redação. A
professora Rita Bezerra sugere que os estudantes comecem a fazer as
provas pela redação para que não cheguem ao momento de escrever o texto
já cansados e, também, para o candidato ter mais tranquilidade com a
redação garantida.
“Sempre indico que ela seja a
primeira prova. O candidato pode deixar para passar a redação a limpo
entre a prova de português e a de matemática porque ai ele pode tirar
alguma dúvida em relação a grafia de alguma palavra ou concordância pela
própria prova”, disse Rita Bezerra.
A linguagem
no texto merece atenção especial para evitar que a forma usada em redes
sociais e conversas informais com amigos seja reproduzida na redação.
“É comum perceber a influência da linguagem das redes sociais por meio
de palavras coloquiais, gírias. O aluno deve atentar para uma linguagem o
mais próximo da formal”, diz a professora Talita Aguiar. Ela recomenda
evitar palavras repetidas, uso excessivo do “quê” e do gerúndio. A
concordância e a coesão do texto com o uso correto dos conectivos é
outro item que requer atenção.
Para
orientar os candidatos, o Ministério da Educação publicou um guia com
dicas sobre a redação. O guia informa que é opcional dar título à
redação e que a letra legível é condição para que a prova seja
corrigida. Também detalha que na redação é preciso defender uma opinião
sobre o tema proposto apoiada em argumentos consistentes e, por fim,
elaborar uma proposta de intervenção social para o problema apresentado.
As informações são da Agência Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário